quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A Jaçanã

Olá Classe do 6º ano! - Eis o texto que vocês precisam ler e anotar alguns dados para preparar o relatório de leitura.

O Segredo do Camafeu

Já era tarde quando o telefone tocou. Cinthia correu para atendê-lo.
– Quem é? - Perguntou a mãe aflita.
- É de Portugal! – exclamou a menina – É o primo Antônio Carlos!
A família ficou atenciosa com o telefonema. Vovó Bartira, que era filha de índios, até parou o seu bordado para pedir à neta que mandasse um beijo para Antônio.
Durante alguns minutos a família se revezou para conversar com o menino, até Adriano receber a notícia de que Antônio viajaria para o Brasil.
- Você virá aqui passar alguns dias? - perguntou Adriano.
- Sim – respondeu o garoto do outro lado da linha. - Estarei aí com meus pais de 11 a 18 de setembro, para comemorar o aniversário da vovó Bartira.
- Legal, assim você poderá participar também dos festejos do aniversário do Jaçanã, que acontecem no Clube de Campo Guapira na mesma semana!
Após desligarem o telefone, começou a contagem regressiva para a chegada do primo. Afinal, faltavam apenas cinco dias.
No dia da chegada todos, inclusive vovó Bartira, foram esperá-lo no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Antônio foi o primeiro a aparecer no portão de desembarque. Logo depois vieram seus pais.
Antônio estava com um ar misterioso, muito compenetrado, pouco festejando sua chegada ao Brasil.
- O que há? – perguntou o tio.
- Nada, titio, acho que o vôo deixou-me enjoado.
Cinthia e Adriano procuravam descobrir o que estava acontecendo com o primo, habitualmente extrovertido. Ao chegarem à lanchonete do aeroporto, em mesa separada dos pais e dos tios, o garoto resolveu se abrir com os primos.
- Algo muito estranho aconteceu no avião! – explicou Antônio. – Um velho que nunca tinha visto me parou quando voltava do banheiro e me disse com uma voz misteriosa: “Esteja dia 15, de manhã, na praça central do jaçanã com seus primos brasileiros e com os melhores amigos deles, pois estarei lá para que me ajudem a salvar seus filhos”.
- Esse cara deve ser algum maluco!clamou Adriano.
- Não, ele me parecia sincero. Além disso, como ele sabia que eu estava vindo para cá? – comentou o jovem português.
- Vai ver que ele trabalha na companhia aérea – tentou justificar Cinthia.
- Não acredito. Se fosse assim, ele só saberia que estávamos vindo para o Brasil, e não necessariamente para o Jaçanã.
- Que mistério! – exclamou Cinthia, entre uma dentada e outra no seu sanduíche.
- O pior de tudo é que ele me deu este pequeno camafeu com um buraco no meio – comentou o garoto, mostrando aos primos a pedra semi-preciosa que tinha parte de uma figura em alto-relevo. Os primos continuaram conversando, e seus pais nem desconfiavam que se passava. Ao chegarem em casa, Adriano e Cinthia ligaram para os seus amigos, os irmãos Luciano e Fabiana, que rapidamente chegaram para conhecer o primo português.

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